terça-feira, 15 de julho de 2008

JOGAR POR AMOR OU SER MERCENÁRIO?


A seleção de futebol de Ipirá mais uma vez foi convocada para disputar o Intermunicipal, campeonato promovido pela Federação Baiana de Futebol, onde reúne as equipes do interior, numa disputa que passou a ser semi-profissional, pois muitas seleções têm pagado salários maiores do que alguns clubes profissionais da Bahia. Algumas prefeituras chegam a investir em torno de R$ 40 mil reais por mês em suas seleções, com pagamentos de salários de atletas e comissão técnica.
Quando o Intermunicipal era disputado por equipes formadas com atletas de seus municípios, a chamado prata da casa, Ipirá sempre se destacou. É verdade que nunca conseguimos ganhar um título, mas sempre tivemos um lugar de destaque. Já tivemos um artilheiro, em 1982, Pelé. Já ficamos entre as seis melhores e sempre nos orgulhávamos de só formar nossa equipe com filhos da terra. Ipirá era conhecida em toda região como um celeiro de bons jogadores de futebol. E era maravilhoso ver a vontade que cada um se dedicava aos treinamentos. Quando saia a convocação se via a alegria, o orgulho no semblante de cada atleta em poder servir sua seleção, representar sua terra. Era motivo de orgulho jogar na seleção de Ipirá e ninguém ganhava nenhum centavo, era mesmo pelo prazer de estar vestindo a camisa verde e branca que foi defendida por craques de nossa história como Zé Cumbuca, Zezinho de Ranulfo, Cal de Lúcia, Tarzan de Aníbal, Juca Bala, Alvinho, Arlarcon, Tune e tantos outros que escreveram seus nomes na história do futebol de Ipirá.
Com a nova filosofia de disputa do Intermunicipal, onde existem seleções que da cidade só tem as camisas, Ipirá também se viu obrigada a fazer algumas contratações para reforçar seu time, mas ainda assim continuou a querer prestigiar sua “prata da casa” e para um planteu de 36, convocou 28 atletas filhos de Ipirá, numa demonstração de que é importante se fazer um time forte, com condições de brigar pelo título, mas não pode se perder o projeto de fortalecimento do futebol local com a valorização de nossos atletas.
Mais será que mesmo tendo que fazer algumas contratações de jogadores de outros municípios para reforçar a equipe, Ipirá tem que perder sua identidade no futebol de ser “um celeiro de bons jogadores”? O que mudo?
Fazemos esta pergunta, porque ficamos tristes quando nos vem a notícia de que alguns atletas, filhos de Ipirá, que foram convocados para servirem a seleção de Ipirá, se negaram a se apresentar, alegando que precisava antes ter uma conversa com a diretoria da Liga para exporem suas condições. O mercenarismo que se implantou hoje no futebol amador acabou com o amor a camisa. Não se senti mais a alegria de ver a torcida gritar seu nome das arquibancadas e se jogar por prazer. É lamentável, mas alguns só querem saber o que está no seu bolso.
Que saibamos valorizar aqueles que por amor irão servir nossa seleção e por força das circunstâncias, saibamos receber bem aqueles que virão, mesmo ganhando seus salários, reforçar nossa equipe e avante Ipiraaaaaaaaaaaaaá.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

O RIGOR DA LEI ELEITORAL


Estive acompanhando a reunião que o juiz titular da 62ª zona eleitoral, Dr. Roberto José Lima Costa, que abrange os municípios de Ipirá e Pintadas realizou nesta quinta-feira, dia 10, com os candidatos e representantes dos partidos políticos. Durante a explanação do magistrado eu fique atento às reações de alguns dos presentes e puder notar por suas fisionomias e até pelas perguntas formuladas, as suas preocupações com O RIGOR DA LEI ELEITORAL.
Um dos presentes me perguntava em voz baixa –“Mas na minha vendinha, lá no meu povoado eu não vou poder colocar minha foto nem do meu candidato a prefeito? Isto é um absurdo, porque na minha venda quem manda é eu”. Mais a Lei explica que a venda do tal candidato é um local comum ao público, por servir de alguma forma a comunidade e, portanto é vedada a permissão de colagem de propaganda eleitoral.
- Mais Dr., os veículos do transporte escolar só são contratados para carregar alunos de segunda à sexta, sábado e domingo eles poderiam ser alugados para qualquer coligação para carregar os eleitores para os comícios e reuniões! E o Dr. Roberto foi bem taxativo. - O transporte coletivo é uma concessão pública, e estes veículos não podem trafegar com propaganda eleitoral, além de se estarem prestando serviço ao transporte escolar, portanto tem um vínculo contratual com o poder público e é vetada sua contratação mesmo nos fins de semana para fins eleitorais. Até os veículos usados como moto-boy e ligeirinho, se estão regulamentado por lei municipal, não poderão trafegar com propaganda eleitoral por se tratarem de bem comum.
- “o que faço com a vaquinha que meu amigo me deu para a campanha.?” A lei determina que toda doação tenha que ser feita através de depósito ou transferência bancária para a conta de campanha do candidato ou da coligação e assim mesmo este valor não pode exceder 10% do valor que o doador teve como renda no ano de 2007.
Senti pena de um outro candidato quando o Dr. Juiz explicou sobre a blitz que solicitará ao Detran de Salvador em Ipirá. –“Eu tinha comprado um carrinho velho, licenciamento atrasado, rodando no bujão de gás, com algumas peças amarradas de arame, mas dava para fazer a campanha na roça. O que vou fazer agora com esta idéia de que vai acontecer blitz do Detran em Ipirá para flagrar os veículos de campanha que estão com suas situações irregulares? Eu estou morto meu irmão, não sei nem se vou continuar a ser candidato”.
Um outro lamentou que já tivesse até contratado a compra de uma série de uniformes de time de futebol, chuteiras e bolas para distribuir com seus eleitores e o que iria fazer com tudo isso. Os torneios de futebol, argolinhas, vaquejadas, forro nas fazendas dos amigos, churrascos e principalmente os comícios com apresentações de artistas, tudo está proibido.
Parece que a campanha eleitoral será igual para todos. O maior poder aquisitivo de alguns não prevalecerá, pelos menos na teoria, mas sabemos que muitos tentaram burlar a LEI e ai cabe ao eleitor ser o fiscal da LEI, e denunciar aquele que tentar de alguma forma burlar esta Lei.

sábado, 5 de julho de 2008

Casa São Francisco é mais uma vítima de arrombamento e furto.


A IMPUNIDADE E A FALTA DE PREVENSÃO TEM CONTRIBUIDO COM OS MELIANTES.

Mais um estabelecimento comercial foi vítima de arrombamento e furto em Ipirá. Desta feita a sede da loja São Francisco, localizada na Praça José Leão dos Santos, centro comercial de Ipirá foi a escolhida pelos meliantes, que entraram na loja depois de arrancarem o aparelho de ar condicionado do escritório da loja, que fica localizado nos fundos do estabelecimento, onde arrombaram um cofre e furtaram uma quantidade de dinheiro não revelados, além de uma série de roupas e calçados.
O que mais intriga, é a forma com que estes elementos têm agido. Assim como aconteceu na loja Moreira o mês passado, eles conseguem chegar ao local dos fundos da loja, passando por cima das lojas vizinhas e ninguém consegue ver nada. Em especial na Casa São Francisco, a equipe de policias civis que está investigando acreditam que os autores deste arrombamento e furto chegaram até os fundos da loja, subindo primeiro pelo poste que fica na frente da farmácia de Roque ao lado da loja, e dali chegaram até o telhado por onde andaram até atingirem a área onde o aparelho de ar condicionado estava instalado no escritório. O aparelho de ar condicionado foi amarrado em uma corda e decido para o chão do escritório e pelo buraco entraram no escritório, onde arrombaram o cofre e furtaram o dinheiro e da loja furtaram roupas e calçados de marca.
Ai fica a pergunta. Como conseguiram subir no poste no meio da rua, chegar até o telhado e depois retornarem pelo mesmo local sem serem visto pelos guardas particulares que dizem que atua na Praça José Leão? São mistérios que a polícia civil tem que desvendar. / Por outro lado, as limitações daqueles que deveriam investigar identificar e prender os autores destes arrombamentos e furtos tem contribuído para a impunidade. Como a lei determina que só possa haver prisão em flagrante ou por ordem judicial, os meliantes conseguem se livrar do flagrante porque seus crimes só são descobertos horas depois, e as investigações se arrastão por vários dias e quando se consegue identificar os autores, precisa-se de mandatos para entrar e revistar as casas suspeitas de estarem guardando os objetos furtados e mandado para prender os suspeitos, que normalmente só são expedidos depois que a autoridade policial convence com argumentos inequívocos a autoridade judicial, o que normalmente é muito difícil, já que para reunir provas contras os meliantes, a polícia precisa de colaboração das pessoas que tenham conhecimento dos fatos, ou seja, que saibam onde os produtos estão guardados e quem são os elementos, mas estes depoimentos dificilmente são conseguidos pela polícia, já que a comunidade se recusa a depor, às vezes por medo, pois argumentam que mesmo que os elementos sejam presos, ficam pouco tempo na cadeia e quando saírem saberá quem lhes denunciou e voltam para se vingar.
Fazer o que diante destas situações? O que falta realmente é o trabalho preventivo que poderia ser feito com uma vigilância adequada, feita por uma guarda municipal equipada e treinada. Se continuarmos esperando que o governo do estado vá resolver nosso problema de segurança, com o discurso de que “é dever do estado” estaremos caminhando a passos largos para o verdadeiro caos na segurança de Ipirá.
No último mês de maio os vereadores, o prefeito Diomário e o deputado Jurandi Oliveira estiveram na secretaria de segurança pública do estado, em Salvador, onde mostraram nossa real situação e do que estamos precisando urgente, mas o máximo que conseguiram foi à promessa de que a partir do mês de janeiro de 2009, se estudaria a possibilidade de se mandar para Ipirá mais dois ou três policiais civis e possivelmente uma viatura. E até lá, o que será de nossa comunidade? E isto será o bastante para atender a sede do município e os mais de 23 povoados?
Tenho defendido de que o município tem que fazer muito mais do que apenas fornecer comida e combustível para as polícias, por força de um convênio com a secretária de segurança pública do estado. É preciso que o município encare de frente a situação da segurança pública, com o mesmo empenho e zelo que a saúde e a educação. Em todas as pesquisas que se fizer entre o povo de Ipirá, a questão da falta de segurança vai disparar nas queixas da comunidade.
As vésperas das eleições de 2004, criei um plano de segurança pública onde apresentei
condições de se combater a criminalidade com a criação da guarda municipal civil, treinada e equipada com recursos provenientes de fonte e meios que também constam desse plano, mas naquela oportunidade os candidatos de então não deram importância, pois todos continuavam a discursar que “segurança pública é dever do estado”. O estado não nos atendeu e o índice de criminalidade cresceu.
Quatro anos depois estamos começando uma nova campanha eleitoral e o calcanhar de Aquiles de nossa comunidade é sem sombra de dúvida “segurança pública”. Está na hora do povo procurar buscar nos planos de governo dos candidatos, medidas efetivas que venham realmente combater a criminalidade e diminuir a intranqüilidade de nossa comunidade, em especial da zona rural. Dizer que vai procurar bom relacionamento com o governo do estado para se criar em Ipirá Companhia Independente da polícia militar e que tentará trazer para Ipirá mais policiais civis e viaturas é malhar em ferro frio, pois sabemos que o governo do estado não terá condições de atender nossas necessidades.
O plano que tenho em mãos, criado através de estudos profundos de nossa real situação e pela experiência de dezoito anos vivendo o dia a dia de uma delegacia de polícia está à disposição dos candidatos que realmente queiram trazer soluções para garantir a tranqüilidade da comunidade ipiraense. Que você eleitor, tenha em mente que segurança pública hoje é questão de honra e só merecerá seu voto o candidato que apresentar em seu plano de governo, metas ousadas para encarar de frente a criminalidade e a coisa tem que ser feita pelo município. Chega daquela conversa cansada de querer tirar o seu da reta e continuar afirmando que “segurança e dever do estado”. Segurança pública hoje é uma preocupação de todos nós e com tal, nosso governante municipal tem que assumir este papel, como tem acontecido nos municípios do interior de São Paulo, onde os prefeitos têm municipalizado o trânsito e com a renda das multas, tem financiado as guardas municipais. Estou à disposição de todos os candidatos pra apresentar este plano de segurança pública, adaptado para nossa realidade.