sábado, 7 de março de 2009

A árvore genealógica do crime em Ipirá.


É cada vez mais preocupante a situação da criminalidade no município de Ipirá. Alguns poderiam até dizer que este não é só um problema de Ipirá, mais de toda Bahia, de todo Brasil e até de todo o mundo, mais nos temos que começar a falar daquilo que diretamente esta nos atingindo. E o que se assiste ou se ouve falar todos os dias, são novos casos onde a comunidade é vítima dos mais variados modelos de crime. Isto tudo tem refletido no sentimento de pavor que as pessoas estão tendo em sair às ruas, ir a uma festa, a escola, ao trabalho, as comparas.
Se fossemos criar uma árvore do crime em Ipirá, teríamos as raízes representadas pelo tráfico de drogas, fortalecidas pelo crack, maconha, cocaína LSD e outras drogas sintéticas que são alimentadas pelo caule da omissão, impunidade e corrupção que fortalece suas ramificações, roubos e furtos, arrombamentos, latrocínios, homicídios, suicídio, violência doméstica, doenças do tipo Aids, hepatite, depressão e outras.
Para esta árvore parar de crescer a solução é combater sua raiz, extirpa-la ou pelo menos enfraquecê-la, aplicando dozes de veneno da marca investigação, escuta telefônica, campana para então se chegar ao flagrante. Matando-se a raiz, o caule teria que ser cortado a miúdo, expondo-se se for o caso, a casca da corrupção e consequentemente as ramificações se enfraqueceriam a tal ponto, que mesmo que não morressem totalmente, sofreriam uma redução aceitável no meio da comunidade.
Quem dará o primeiro passo no sentido de se arrancar esta árvore pela raiz. O desafio esta lançado. Quem se habilita?

Celular em Ipirá: Moeda forte no cambio das drogas.

No final da tarde de ontem, dia 26, estive fazendo uma visita ao amigo e empresário Martone, proprietário da loja Celetro, autorizada da operadora em telefonia celular Tim em Ipirá, onde fiquei por cerca de uns dez minutos e durante este período, observei que dos onze clientes que ali entraram, oito foram para cancelar e recuperar seu número de telefone, pois todos os oitos foram vítimas de furtos ou robos de seus aparelhos celulares. Destes, apenas um cliente tinha conseguido recuperar seu aparelho, os outros sete, além de reaverem seu número, também se viram obrigados e comprarem outro aparelho.
Esta é uma realidade fatídica que vive a comunidade de Ipirá. No último sábado, em plena Praça Roberto Cintra, coração da cidade, entre 18 e 23 horas, sete pessoas foram vítimas de furto de celulares. A ousadia dos ladrões é tão grande, que eles já não atacam mais com nenhum disfarce. A comunidade já os conhece até por nome. Lucio, Ramon, Marcelinho, Lucianinho, Largaticha, Décio, Fiote, Galego, Nelito, Nana, Sunga, e mais uma dezena deles, todos viciados na famigerada “pedra” e para alimentar seus vícios, eles vem agindo a qualquer hora do dia na busca incessante de suas vítimas para lhes tomar seus celulares que hoje esta contado no mercado da droga como a moeda mais forte, pois os traficantes preferem este tipo de negócio, pois lhe é vantajoso duplamente. O lucro que eles já têm em vender a “pedra” por R$ 10 reais à unidade e o lucro que leva ao receber o celular pois o aparelho é cotado no valor máximo de R$ 20 reais, independente da marca e modelo e eles os repassa para o comercio ilegal por 50% do valor real do aparelho.
A impunidade e a omissão da comunidade têm contribuído para o crescimento deste tipo de crime em Ipirá. O poder público não tem dado o suporte necessário para as polícias fazerem o combate ostensivo, a justiça não tem funcionários suficientes para atender a demanda de procedimentos que se acumulam e os mandados de prisões e busca e apreensão não são analisados em tempo hábil e os meliantes são beneficiados, pois se não são presos em flagrantes, se livram da prisão, porque por outro lado, a comunidade se acovarda em se ajudar, pois sabendo que os elementos continuam soltos e agindo livremente nas ruas, muitas vítimas sequer registram queixas. De cada dez celulares roubados ou furtados, apenas quatro são registrado a queixa e de cada dez registro apenas um aparelho é recuperado. É um índice assustador, mais alguma coisa tem que ser feita com urgência. O que fazer, como fazer, quem deve começar a fazer, são perguntas que não se calam, mais o certo é que algo tem que ser feito para defender a comunidade que paga seus impostos e tem o direito de ir e vir com segurança e tranqüilidade.

A face do crime disfarçada numa cara de bom moço.

O crescimento da criminalidade em Ipirá tem sido uma preocupação de todos os seguimentos da sociedade, mais muito pouco se tem feito para combater ou frear este crescimento. Recentemente os vereadores juntamente com o prefeito e o deputado Jurandy Oliveira, estiveram com o secretário de segurança pública e o comando geral da polícia militar, mais muito pouco pode se esperar de resultados concretos, pois a desculpa é sempre a mesma; - “Estamos preocupados com a situação de Ipirá, mais o estado é grande e tem outros municípios até pior que Ipirá. Vamos o ver que se poder fazer “ – e nada tem sido feito e a comunidade ipiraense se vê as voltas com o absurdo de ter que conviver trancafiada dentro de casa assistindo os bandidos em frente a suas casas, transitando com armas em punho, numa atitude de intimidação, como se dissessem claramente, - “aqui quem manda é nós, e quem se meter levar a pior, pois mesmo que sejamos presos, logo logo sairemos e ai a coisa vai feder para quem nos entregar”.
No último dia 28, sexta-feira, moradores do final da Rua José Luis dos Santos, passou este vexame quando três elementos conhecidos como LUCIO, DADAI e o menor de 16 anos A.B.D. ostensivamente com revolveres na mão, esperaram por todo final da tarde e início da noite, por uma vítima e exatamente às 20h20min, uma senhora que ia chegando em casa foi rendido pelos marginais e dela roubaram sua bolsa contendo dinheiro e documentos pessoas além de uma máquina fotográfica. Os moradores chegaram a telefonar para o 190, desde as 16 horas, mais como só existe uma viatura e uma guarnição e estava em outra diligência, só chegaram ao local depois do assalto e os elementos já tinham fugido.
No domingo, o pai do menor, o vendo chegar em casa com a máscara que usara no assalto, tentou lhe tomar e este ameaçou o pai que se estivesse com uma das armas que pertencem a Lucio, lhe daria um tiro ali mesmo. O pai revoltado acionou a polícia militar que saiu a procura do menor lhe encontrando em companhia de Lucio e ambos foram conduzidos para delegacia, e como nada foi encontrado com os dois, apenas foram interrogados e posteriormente liberados, pois assim determina a lei, mais as vítimas dos últimos assaltos ocorridos no final de semana os reconheceram e o delegado encaminhara o inquérito policial solicitando da justiça suas prisões preventivas.
Estarrecedor foi a atitude do menor, dentro da delegacia, quando estava sendo entregue ao conselho tutelar, ele se virou para o pai e falou para todos ouvirem que iria buscar o revolver de seu parceiro e daria um tiro na cabeça do pai, pois segundo ele, “dedo duro” tem que morrer, se referindo a que seu pai foi quem lhe entrego a polícia.
O delegado, Dr. Caryl Oliveira agora solicita da comunidade, que se alguém reconhecer Lucio Santa Rosa da Silva, este elemento da foto e se a máscara que também aparece na foto foi usada em alguma das ações em que você ou alguém de sua família foi vítima, compareça na delegacia de polícia para prestar seu depoimento e reforça os motivos para a justiça decretar a prisão destes elementos.
Obs. Você podera ver as fotos no site www.ipiranegocios.com.br no link Ipirá Notícias.