sábado, 7 de março de 2009

Celular em Ipirá: Moeda forte no cambio das drogas.

No final da tarde de ontem, dia 26, estive fazendo uma visita ao amigo e empresário Martone, proprietário da loja Celetro, autorizada da operadora em telefonia celular Tim em Ipirá, onde fiquei por cerca de uns dez minutos e durante este período, observei que dos onze clientes que ali entraram, oito foram para cancelar e recuperar seu número de telefone, pois todos os oitos foram vítimas de furtos ou robos de seus aparelhos celulares. Destes, apenas um cliente tinha conseguido recuperar seu aparelho, os outros sete, além de reaverem seu número, também se viram obrigados e comprarem outro aparelho.
Esta é uma realidade fatídica que vive a comunidade de Ipirá. No último sábado, em plena Praça Roberto Cintra, coração da cidade, entre 18 e 23 horas, sete pessoas foram vítimas de furto de celulares. A ousadia dos ladrões é tão grande, que eles já não atacam mais com nenhum disfarce. A comunidade já os conhece até por nome. Lucio, Ramon, Marcelinho, Lucianinho, Largaticha, Décio, Fiote, Galego, Nelito, Nana, Sunga, e mais uma dezena deles, todos viciados na famigerada “pedra” e para alimentar seus vícios, eles vem agindo a qualquer hora do dia na busca incessante de suas vítimas para lhes tomar seus celulares que hoje esta contado no mercado da droga como a moeda mais forte, pois os traficantes preferem este tipo de negócio, pois lhe é vantajoso duplamente. O lucro que eles já têm em vender a “pedra” por R$ 10 reais à unidade e o lucro que leva ao receber o celular pois o aparelho é cotado no valor máximo de R$ 20 reais, independente da marca e modelo e eles os repassa para o comercio ilegal por 50% do valor real do aparelho.
A impunidade e a omissão da comunidade têm contribuído para o crescimento deste tipo de crime em Ipirá. O poder público não tem dado o suporte necessário para as polícias fazerem o combate ostensivo, a justiça não tem funcionários suficientes para atender a demanda de procedimentos que se acumulam e os mandados de prisões e busca e apreensão não são analisados em tempo hábil e os meliantes são beneficiados, pois se não são presos em flagrantes, se livram da prisão, porque por outro lado, a comunidade se acovarda em se ajudar, pois sabendo que os elementos continuam soltos e agindo livremente nas ruas, muitas vítimas sequer registram queixas. De cada dez celulares roubados ou furtados, apenas quatro são registrado a queixa e de cada dez registro apenas um aparelho é recuperado. É um índice assustador, mais alguma coisa tem que ser feita com urgência. O que fazer, como fazer, quem deve começar a fazer, são perguntas que não se calam, mais o certo é que algo tem que ser feito para defender a comunidade que paga seus impostos e tem o direito de ir e vir com segurança e tranqüilidade.

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